8 de dez. de 2008

"I'll be back anytime you want. Anytime."

da chiquérrima madeleine peyroux em seu show em sp, na última quinta, para a platéia. achei classe. classe.

3 de dez. de 2008

demorei, nunca pensei...
mas aí, um dia, lembrei. e fui procurar no dicionário:

rigo

ri.go

sm 1 linha, traço. 2 nota, men­sagem.

e, só pra não esquecer: a segunda parte do meu sobrenome é belo. tá? agora junta as duas...

23 de nov. de 2008

final de semana com mallu magalhães e stop play moon. brasileiros _paulistas_ fazendo coisas legais na música, e chegando até aqui em casa, preenchendo ambientes, momentos. trilha sonora.
o disco da mallu me fez pensar coisas novas sobre ela. que de fato é legal, que a voz não é (sempre) infantil demais, que ela é muito nova (?), bobagens. a produção é boa e preenche as músicas, da-lhes corpo. os pianos são bem colocados e melancólicos... é mesmo algo feito por alguém que gosta e foi influenciada pelos estadosunidos, por bob dylan, pelo country, pelo rock de lá _e de cá_ em geral. e ela canta bem, e em inglês. e escreve em inglês. tipo, pr'uma mina de 16 anos, é ok. hahahah. ou ao menos isso.
ela tem estilo. e é 'fofa' _não da maneira marqueteira que tacham (taxam? humm...), mas no sentido bom da fofura. hmmm... ta estranho isso. ok

ja o stop play moon é a banda da geanine marques e é eletrônica, repetitiva, boa de ouvir. electro com vocais cool e hipnóticos, típicos de uma modelo. hahaha. também, no bom sentido da coisa. porque a imagem das modelos bacanas é sempre assim, meio inatingível, meio cool, ou meio hipnotizado. drogado? vá lá.
vi o trio tocar antes do show do vive la fête, na the week. o som tava baixo, mas a apresentação foi gostosa e divertida, dava pra dançar 'pequenininho' e viajar. if u know what i mean. foi bacana.

little joy também toca, de quando em vez em outra. depois de milhares de execuções no começo deste mês de novembro.
é bem bom.
rima com chuva, tb. essas chuvas de pré-verão que temos visto em sp. lavando a rua, que tava tudo meio sujo mesmo. eu gosto.

hj é noite de domingo, 22 de novembro. aquele leve clima estranho de fim de domingo. doido isso, porque é um troço que existe, mesmo! quase palpável: a sensação pastosa de final de domingo. gosto meio amargo, meio cabo de guarda-chuva.
mas às vezes anoitece melhor. estranhamente melhor, como hj.

playlist:

suba, stereolab, little joy, stop play moon, mallu magalhães, wax poetic, charlotte gainsbourg, um pouco de sharon jones, madeleine peyroux (pouco), beatles, air, os de sempre.

segunda-feira é bom começar tudo de boa pra trazer uma boa semana. atração.
auto-ajuda é um termo estigmatizado, em si já ridículo. mas tem-se que voltar às origens (das palavras, das coisas, tudo, enfim...). hã?

3 de nov. de 2008


(blog que, na verdade, achei aqui)

22 de out. de 2008

é fantástico
os animais são tão bem cuidados e protegidos aqui no centro de sumpaulo que, ultimamente, tenho visto várias bocas-de-lobo pelas sarjetas sem aquela grade que elas costumam ter. tipo, um buracão retangular.
é que os ratos estão todos muito bem-alimentados e, pobrezinhos, talvez os gorduchos não estivessem conseguindo ter acesso às ruas e calçadas com aquelas grades tão estreitas.
agora eles podem andar livremente por aí, pela minha, pela tua, pela nossa calçada.
e, cuidado, você, pra não quebrar o pé _ou a perna_ ao pisar num bueiro destampado. mas pense assim: ao menos os ratuchos podem ir e voltar de suas tocas com mais civilidade. só não se distraia pensando nisso.

17 de out. de 2008


'the kiss', gerald laing

16 de out. de 2008

quando pequeno _hoje menos_ eu adorava sentar no banco da frente nas viagens às cidades "grandes" _ou, ao menos, maiores do que a cidade de onde eu vinha.
poder ver, do amplo vidro frontal do carro, as grandes construções e praças e vias e, em especial, o topo de todos os prédios, era algo bom: proporcionava uma sensação de absorção total de tudo aquilo que os meus olhos viam. uma sensação de sensação. da janela aberta eu esticava a cabeça _ainda o faço_ para ver quão alto chegavam aqueles edifícios. ainda o faço. é como olhar do topo de um prédio do lado oposto. uma vertigem ao contrário. que alto!!
imagina só em nova york.
ainda hoje, e ainda que eu more em são paulo, onde os vidros dos carros são cada vez mais negros e cada vez mais cerrados, eu preciso te-los um pouco abertos, um pouquinho só, que seja. em casa também. janelas abertas. um indício de claustrofobia, talvez. mas também um indício de saúde, creio eu. arejar pra pensar. ventilar pra refrescar. pra não mofar. pra não cozinhar. afinal, somos tropicais.
janelas abertas nº 2: preciso de ar. preciso de campo de visão. luz. ver até onde vai a altura, pra me imaginar pulando _voando. ou, ao contrário, estando lá em cima: pra me imaginar saltando, caindo. vertigens mistas. e pra provar mentalmente que qualquer decisão dos meus atos é mais minha do que de qualquer pensamento, desejo, imagem, loucura. e que os pensamentos vão mais longe, deliram, voam, viajam. e transcendem o possível.
hahahaha
parece papo de suicida em potencial. mas nem é.

"I imagine what my body would sound like
Slamming against those rocks
When it lands
Will my eyes
Be closed or open?"
björk, 'hyperballad'

14 de out. de 2008


a capa da Vogue America de julho de 1932

13 de out. de 2008


gosto desse pôster. gosto do filme também, com sua (aparente) liberdade sexual e boas canções pop, cheias de referências musicais pop e, em especial, à música pop francesa.
gosto de louis garrel, da ludivine, da chiara mastroianni. gosto da aparente despretensiosidade do filme, com seus apartamentos parisienses propositalmente pequenos e simples, seus personagens aparentemente 'normais'... no fim, parece, sim, que ficou faltando algo. que as atitudes do personagem principal são meio vazias de sentido, meio idiotas (tipo: por que ele faz isso?).
meio frio, talvez.
mas é um musical. e as músicas compensam. a língua, as roupas, os cenários também; esses franceses de merda sabem ser charmosos.

11 de out. de 2008



Hundertwasser, 'The Rain Falls Far From Us'

'Carnation Lily, Lily Rose', John Singer-Sargent
Esse pintor americano era tão bom como retratista porque, quando você vê os quadros de longe, tem a impressão de que são fotos maravilhosas, sempre com uma luz incrível e cores aparentemente alteradas, quase que de uma forma tecnológica, como que manipuladas.
Aí, quando você chega perto, percebe que pinceladas rápidas e irregulares formam, como numa mágica incompreensível e chocante, as figuras perfeitas dos retratados. Tipo, de perto você não vê o todo, dada a (falsa) imprecisão de cada pincelada. Mas cada rápido toque do pincel era genialmente pensado para fazer aquela fotografia absurda, à base de tinta óleo.
Esse belo quadro acima tá na Tate Gallery, em Londres. Mas tem outras coisas dele também.

8 de out. de 2008

(logo acima, Julie Andrews como Victor, em "Victor ou Victoria", de Blake Edwards) Assisti a esse filme anteontem, e foi, digamos assim afrancesadamente, formidable. Cheio de piadas e referências gays (e cheio de travestis, algo difícil em filmes hollywoodyanos), sem nunca cair na tentação fácil da escrotice. Ou do preconceito. Julie Andrews é fantástica, mas, lembrando bem, a mulher já tinha sido a Mary Poppins e a Noviça Rebelde. Tipo, já era lenda viva. O diretor é o mesmo da série de filmes 'A Pantera Cor de Rosa', e o humor nonsense daqueles longas _e, é claro, típico do Jerry Lewis_ aparece aqui. A música, incrível, é de Henry Mancini, e Julie Andrews canta muito, muito bem. E dança. E o Robert Preston, que faz o personagem Toddy ("não existe nada mais inconveniente do que uma bicha velha com gripe!" hahahaha), é fabuloso. Assim como a irritante pin up Norma, incorporada por uma Lesley Ann Warren oxigenada.
Mas em nenhum momento eu consegui achar que Julie/Victoria fosse _ou parecesse_ um homem. Sorry. Pra mim foi sempre Victoria.

7 de out. de 2008

sonhos sonhos são
mas não só isso
essa noite sonhei que morava em uma casa e recebia várias visitas. daquelas que vêm pra passar alguns dias. a maioria era parente: irmã, mãe, primos. tinha amigos também. e amigos desses amigos, ou parentes dos mesmos. estranho.
pessoas pulavam o muro.
brigas (eu sempre brigo nos sonhos). na última briga, minha irmã jogava cerveja no meu cabelo. e eu retribuía jogando água, e depois despejando toda uma garrafa de cerveja nela (que, depois dos primeiros _assustados_ jorros, se rendia e passava a dançar sob os jatos de cerveja, tipo 'garota camiseta molhada'; e isso me deixava mais puto ainda).
nos meus sonhos já briguei com amigos, parentes, pessoas-objeto de desejo, comigo mesmo...
eu libero minhas paranóias e tensões nesses sonhos, pelejando com as pessoas de quem gosto. freud explicaria melhor, eu resumo assim: o subconsciente libera todos os pensamentos raivosos e rebelados que tenho ao longo do dia nesses sonhos. i've got problems. porque, num momento banal como o lavar das louças, eu fico maquinando e mancomunando pensamentos revoltosos sobre situações com amigos ou familiares vividas num passado recente. eu fico me rebelando em pensamento e imaginando frases de efeito ofensivas que poderiam ser usadas em hipotéticas brigas e discussões _e que, graças à minha porção mínima de sensatez, não acontecem.

eu sou louco. eu estou ficando louco. eu estou louco. alguma das três alternativas. tenho dito isso aos amigos (uma delas, a cada vez).

no fundo, ainda bem que não sou 'normal'. talvez seja menos fácil, mas é bem mais interessante (não estou certo disso, porém).

5 de out. de 2008


devendra banhart, eua

3 de out. de 2008

como vc está?
"pior que ontem, melhor que amanhã".
como você está?
"melhor que ontem, pior que amanhã".
a primeira versão da resposta é a mais engraçada. e a mais pessimista. a segunda, logo acima, é otimista. e foi a versão que saiu da minha boca ao fazer a piada aqui na firma, ou querer fazer piada. a minha piada foi boazinha e otimista.
no fundo, eu não perco a fé. nem sei explicar por quê.
a depressão é o mal do século. que século? 20? 21?
que depressão? econômica? depressão interior, individual, emocional?
eu não acredito em depressão. eu acredito em um mundo _e vidas_ onde há espaço, e tem de haver, pras tristezas e pras alegrias. é impossível ser feliz o tempo todo (aquela coisa básica: tem de haver algo pra contrastar-contrabalancear... o que é a felicidade sem a comparação com a infelicidade?).
a falta de perspectivas da minha geração _não falo de perspectivas como fama, sucesso ou enriquecimento... que é o que quase todo mundo quer hoje_ me atinge no peito. forte volta ao existencialismo: por que eu, aqui, agora? pra que eu, aqui, agora? difícil formular resposta satisfatória. difícil prever o futuro. difícil interpretar o passado. passou! passou? por que? pra que?
o exagero de perguntas e a escassez _e pouca vontade de formular_ respostas me pega. eu, jornalista ávido por perguntar, curioso, queredor de saber. mas é um saber externo. e o saber-eu? falar de mim? só para raros. quando me abro começo a tremer. as lágrimas enchem os olhos, com a menor das lembranças mais emocionadas.
e são tantas emoções...
tantas, e tão poucas. tantas sentidas, poucas vividas, de fato. o meu viver é cada vez mais interior. dentro da minha própria cabeçona.
às vezes sinto _ou raciocino_ que carrego um escudo comigo, aonde quer que eu vá. e esse escudo, criado por mim, "culpa" minha, afasta e protege, impede a aproximação. cara séria, cenho fechado, olhos bravos de vampiro, sorriso infreqüente, medo, insegurança, estima deficiente... tudo se aplica, nada me atinge, tudo me atinge, tudo vem, vai, volta, chega, sai, fica. tudo se passa por minha cabeça.
e, lá no fundo, eu penso _sinto? raciocino?_ assim: eu sou tão legal. o máximo. inteligente. tenho bom-gosto. tenho classe. fino. cool. belo. interessante.

e daí?

30 de set. de 2008

ouvindo jards macalé. que me lembrou do luiz melodia e da calcanhotto _por causa do show que assisti ontem, em homenagem a waly salomão. pura tropicália. o macalé é uma figura simpática e carismática, desencanado, de camisa de super homem e all star vermelho.
reouvindo também marisa monte (o disco de sambas último, bem audível). e devendra. e bethânia. e o novo do oasis (às vezes parece 'the kills'. eles resolveram imitar gente mais nova depois de mais velhos?). e o do marcelo camelo. e revendo 'coração satânico' (o casal principal é impagável. a laura dern não pára de se contorcer um minuto, tipo: vou dar pra vc agora! hahahaha. muito bom. e a mãe dela, incrível, louca, pinta a cara com batom, descontrolada. lynch fodão). e, putz, relendo o 'primeiras estórias', do guimarães rosa, que eu li na escola, há mais de 10 anos. de muitos eu lembrava. tem uns contos fortes, ficam voltando à mente em momentos inesperados, sombrios, sábios, aí varia. e... e gilberto gil, e até badi assad. até ao show do aznavour eu fui, meio em segredo, meio correndo. porque nem eu sabia o que ia achar. ainda não sei muito... e isso é sinal de que, na verdade, não agradou. mas tem aquela coisa, 'na idade dele a voz é incrível' e tal. é vero.
o setlist nunca esteve tão 'acústico'...


um amigo chama a calcanhotto de calcanhar-canhoto
hahahaha
outro, que leio por aí num blog, fala gafanhoto.
e, de fato, acho ela o bicho. prefiro à marisa monte.
Vai com as cifras mesmo. Essa música é forte. É demais. É foda e é daquelas antigas. É. A gente que nasceu nos anos 80 (a gente, entende?) não pegou a fase foda da mpb que foram os anos 70, quando praticamente todo mundo que é chato hoje fez coisas muito legais. E quem é legal ainda hoje (e, também, que 'orna' com meu gosto pessoal, é claro) também fez coisas legais; mais legais que hoje, quase sempre.
Lugares-comuns à parte...
Essa música, com Bethania (em 'Rosa dos Ventos', acho. É q baixei umas faixas aleatórias...), tem essa canção:

'Molambo'
(Jayme Florence e Augusto Mesquita)

Dm Fm G7
Eu sei que vocês vão dizer
C7M Dm Em A7
Que é tudo mentira, que não pode ser
Dm D7 G7
Porque depois de tudo que ela me fez
Gm7 A7
Eu jamais deveria aceitá-la outra vez
Dm E7
Bem sei que assim procedendo
Am B7
Me exponho ao desprezo de todos vocês
E Db7 Gbm B7
Lamento, mas fiquem sabendo
E G7
Que ela voltou e comigo ficou
Dm Fm G7
Ficou pra matar a saudade
C7M Dm Em A7
A tremenda saudade que não me deixou
Dm D7 G7
Que não me deu sossêgo um momento sequer
Gm7 A7
Desde o dia em que ela me abandonou
Dm Fm
Ficou pra impedir que a loucura
Em A7
Fizesse de mim um molambo qualquer
Dm G7
Ficou desta vez para sempre
C
Se Deus quiser

9 de set. de 2008

Eu vi o menino correndo
Eu vi o tempo
Brincando ao redor do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada e eu nunca passei

Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou

('Força Estranha', C.V.)


essas duas primeiras estrofes da músicas são lindas. 'Essa música é linda'. E quando a gente fala essa frase ou que algo 'é lindo' puxando um sotaque baianês, fica difícil não imaginar o Caetano dizendo que algo é lindo, ou uma imagem clichê - existe? - dele falando que uma coisa 'é linda'. 'Ou não.'
te dou um dado: essa música ele fez pro Roberto Carlos. o refrão, apesar de Caetano, é bem Roberto Carlos (aquele assim: por isso uma força me leva a cantar/por isso essa força estranha/por isso é que eu canto, não posso parar/por isso essa voz tamanha). Voz tamanha é bem Caetano elogiando RC, né. heh
mas enfim. só pra finalizar: é o maior dos clichês imitar o Caetano. pq não deixa tb de ser imitar um baiano qualquer (o estereótipo de um sotaque). enfim. ok, na verdade eu acabo de entregar que eu imito o Caetano. daquele jeito gay e baiano. hahahaha. e no fim das frases, dizendo: 'ou não'. Ou não!

mas não dá pra negar: a letra é linda.
por mais ateu que ele diga ser, ele é bem metafisicamente ligado nas coisas e na força estranha. e ele um dia também disse algo assim: Eu não acredito em Deus, mas o Gil acredita. E eu acredito no Gil.

6 de set. de 2008

"ela é rica, barata e para ricos. merda rica para ricos, assim como seu gnomo". foi algo assim que eu li debaixo de um dos vídeos da carla bruni no youtube, comentário de um telespectador-leitor francês revoltado. revoltado? talvez, talvez só de saco cheio, eleitor da segolene royal.
aí, eu, como sempre, influenciável que sou pelas opiniões alheias fortes, fiquei meio me questionando: e eu baixando o disco novo da c. bruni, e gostando, e ouvindo o primeiro dela, e gostando... que carneirinho do sistema! que pequeno burguês!
ha

mas aí a música continuou e apagou os espectros negativos daquele comentário tão verdadeiro, feito pelo francês. tão verdadeiro, mas tão falso. saca? injusto.

la bruni não me importa muito enquanto primeira dama. niente.

tampouco me importa muito a imagem escultural da ex-modelo, ou a maneira um pouco fake, um pouco fingimento com que ela toca - ou segura - o violão, nos vídeos do youtube ou nas fotos tão lindas - e por isso artificiais - das capas dos discos.

a voz rouca, o francês sussurrado, os violões, os bons arranjos - há sempre um grande homem por trás? - o clima folk xic propositalmente despojado, os bons músicos, os bons refrões, a melancolia, a sensualidade... carla bruni não se segura como música por ser linda. ou ex-top model. ou ex-mick jagger. ou sra. sarkozy.

she's clever. até demais (e, talvez e por isso, se queime já já). mas ela instiga.
e a música... vai ouvir, vai, antes de xingar a moça nem tão moça. 'l'excessive', 'tu es ma came', 'raphael', 'ta tienne', tem várias joiazinhas cheias de violões nostálgicos, uma gaita aqui, uma flauta ali... bem naquele clima neohippie que eu to vivendo, sacumé?

carla bruni, 'quelqu'un m'a dit', carla bruni, 2005, e 'comme si ne rien d'était', 2008

4 de set. de 2008

acho que minha identificação com as músicas calmas e sossegadas e acústicas e roots do devendra, nesses tempos de 'novo folk' ('freak folk' é ainda mais ridículo... tem gente achando que folk music _banquinho e violão_ é novidade!), acontece porque eu gosto de músicas que me dêem paz.
pra dançar eu saio de casa.
at home, lá na minha sala de chão de tacos bicolores, eu gosto é quando o som cria uma atmosfera quase 'táctil', levemente densa e envolvente. claro que muitas vezes eu fico 'sentindo' e viajando nessa tal atmosfera sozinho, stoned, 'tripping' mesmo. e imaginando outras pessoas ouvindo e sentindo aquilo. coisa de quem mora sozinho (entre otras cosas).

mudando de rota
um dos muito bons discos de 2008, pra mim, já é o 'na confraria das sedutoras', do projeto 3 na Massa.
tenho ouvido pacientemente já há alguns meses, desde que baixei. não fui ao show, e já me disseram que ao vivo é decepcionante. tanto melhor _ou pior. ouvindo só o disco eu estou bastante satisfeito, as bases _quando_ eletrônicas são ótimas (vide a música cantada pela nina becker, 'o objeto', acho que é isso. tenda-chill-out-de rave pura). ou a cantada pela thalma, graciosa, boa pra dançar, sedutora comme il faut. a da geanine marques também é formidável, climática, parece mesmo música antiga ;-)
é um álbum incrível, brasileiro, feito por brasileiro, com mulheres interessantíssimas e sensuais. uma confraria boa (não sou muito chegado em confrarias, em geral).

go for it
porque o que eu mais gosto de fazer é dar dica (e pagar de dj abusado, daqueles que ninguém convidou).


os cravos que eu ganhei da mari no dia 30. momento quase 'mulherzinha', eu sei. mas válido, todavia, doravante! 27 years old
há uns dois anos e pouco eu morava na brigadeiro luis antonio e tinha um computador de casco verde, meio transparente, como que uma imitação de um imac, da apple.
e foi uma época _o ano de 2006_ em que eu baixei muitas músicas, e alguns discos viraram os preferidos, os mais tocados, durante várias semanas _meses?_ seguidas(os).
um deles foi o da chiara mastroianni com o então marido, benjamin biolay. esse fica pra mais tarde.
outro foi o 'cripple crow', do devendra bahrart.
foi qdo eu descobri esse hippie californiano venezuelano tatuado barbudo.
no começo a maneira _estranha_ d'ele cantar me lembrava um amigo, com quem eu cantava (e ele tocava) muito lá em avaré, nas férias daqueles primeiros descompromissados anos de faculdade.
'tosco' _na medida_, relaxado, divertido, estranho, bonito (muitas vezes bonito). aí eu comecei a gostar do devendra.
não consegui ve-lo no brasil, nunca vi um show do cara. depois ouvi tb o disco mais recente, mais rock, mais épico, às vezes. menos folk-hippie. gostei também (tem o amarante dos loshermanos em algumas faixas).
o devendra é bacana. é um artista tipicamente contemporaneo, se é q da pra dizer algo vago assim. faz música que ME agrada, e isso já não é o bastante?
'korean dogwood', 'when they come', 'now that I know' (a primeira)... são músicas ótimas, lindas! melodias incríveis, 'climas' idem. uau, quantas aspas.
mas devendra não é pras aspas, pras reverências. é pra ouvir relaxando, depois de um dia de certa tensão. como hoje, pra mim. dia de fechamento.
e, em 2008, morando em outro lugar, em outro apartamento, na barão de limeira, pis/pasep e tudo mais, eu volto a baixar o 'cripple crow' (o original ficou no outro computador, o verde, o antigo).
e me emociono.
aquela sensação de ouvir devendra relaxado, relaxando, se repete. um clima luau, violão, praia. calor. é reconfortante.
e música boa é assim.
ainda mais quando 'bate' (olha as aspas _simples_ de novo).

'cripple crow', devendra banhart (2005)

3 de set. de 2008

a rapariga me passou o endereço pra baixar as 8 primeiras - acho q é essa a ordem - músicas do disco novo do marcelo camelo, 'sou' (na capa aparece a palavra 'nós' de cabeça pra baixo, o que forma sou, bem simples, mas dúbio, bem legal).
tava conversando com um amigo pra quem mandei as músicas, logo depois de ouvir pela primeira vez (é uma seqüência de 28 minutos, pra ouvir numa tacada só). ele, a princípio, não achou nada demais. e ele, como eu, era - é - apreciador constante de los hermanos. eu ouvi outras vezes.
e sim, é bem los hermanos. mas o camelo era a 'cara' dos LH. mais q o amarante. e, ao mesmo tempo, os dois são ótimos músicos, têm canções pop mpb rock quase indie e buarquianas que eu adoro.
o camelo gravou este 'sou' com os caras do hurtmold. o que também já é super interessante desde o princípio. e as músicas, essas oito q ouvi, tão mais 'calmas', digamos, em relação aos LH. mais tranqüilas. mais peaceful. um clima ótimo. uns puta arranjos de violão e guitarra, delícia.

uia.

mas ainda to ouvindo. pode melhorar. deve... ou ficar na mesma. o que já é ótimo.
como diz esse mesmo amigo: gostei 78% porcento. já.

quero assistir ao vivo, tb.
apesar de gostar muito dos LH - como já disse, bem sei -, eu tava achando mesmo a banda meio... sei lá... modorrenta nesse último disco, '4'. que tem músicas muito boas, mas tinha também um clima de que a banda não tava totalmente integrada. entendida. compreendendo-se. algo assim.

********
vai saber? (perguntinha que deu nome à canção da calcanhotto gravada pela marisa monte no disco 'universo ao meu redor'. a adriana tem tocado na turnê atual, e num andamento mais rápido, mais sambinha mesmo, como pode ser, já que a música foi feita pra mart'nália _e 'roubada' pela marisa monte, garantiu a adriana. no show. heh)

11 de jun. de 2008

e aí, esses dias, passando ali na vieira de carvalho (faz todo o sentido ter sido ali), eu ouço, ao longe, os indefectíveis acordes iniciais... e logo "je t'aime, je t'aime"... era gainsbourg e birkin, "je t'aime moi non plus". e eu pensando: nossa, de onde vem?
continuei andando.
o som aumentando.
e de repente a (incrível) surpresa: quem tava ouvindo gainsbourg bem alto era o carroceiro-catador de papelão, que ainda por cima usava um chapéu com chifres de veado.
"je t'aime, je t'aime". birkin em pleno centro de s. paulo. incrível. so cool.
achei bem xic
qual é o doce que cê tem aí?
cê tem aquele de leite com coco?

caléodoce quicêtenhaí?
cetenhaquele dileiticumcôco?

kss kss kss tum tss ta tum tss ta
putz putz tuts tuts tah

e assim a gente faz uma música eletrônica enquanto anda pela rua em passos compassados.
frase da semana (passada):
"ninguém é mais infeliz do que ninguém" (que saco!)

do tipo: não me venha querer competir!

24 de mai. de 2008

Cada vez mais ouço sons de 'velhos'. modo de dizer, sá cumé. mais pra baixo, cada vez mais e sempre. lower. downer. mais violão, menos bateria.
os sopros também têm de ser ponderados. beats até vão, mas deveras comedidos.
as vozes devem ser suaves. macias. aveludadas. smoothy. conselheiras. calmarias. de sentir na garganta e na traquéia (a tua, a minha).
você há de achar gozado ter de resolver de ambos os lados da minha equação, diz o gil (o ministro) na canção. 'retiros espirituais', do disco 'gil luminoso'.
o gil é bom porque é zen. e isso é um sinal claro de seriedade.

o seu amor
ame-o e deixe-o
livre para amar
livre para amar
livre para amar

o seu amor
ame-o e deixe-o
ir aonde quiser
ir aonde quiser
ir aonde quiser

o seu amor
ame-o e deixe-o
brincar
ame-o e deixe-o
correr
ame-o e deixe-o
cansar
ame-o e deixe-o
dormir em paz

o seu amor
ame-o e deixe-o
ser o que ele é
ser o que ele é
ser o que ele é

'o seu amor'

eu fico transcrevendo essas letras de músicas e fica parecendo que eu to, tipo, suuuuper apaixonado. escrevendo no diário, tipo menininha.
mas nem é.
não estou, antes estivesse assim nesse grau de paxão.
mas é que eu sou muito romântico. às vezes.
e extremamente sentimental. às vezes só, tb.
aí as músicas me tocam e eu quero compartilhar tal 'toque'. tal chapação.

tempo rei oh tempo rei oh tempo rei
transformai as velhas formas do viver
ensinai-me oh pai o que eu ainda não sei
mãe senhora do perpétuo socorrei!

10 de mai. de 2008

nos discos antigos do jorge ben, as mulheres que fazem o coro para ele têm as vozes mais deliciosas. ouve pra ver...

28 de abr. de 2008

No sonho do qual despertei babando no colchão, eu e uma amiga colocávamos a cabeça (viva, apesar de ser só uma cabeça) de seu filho dentro do forno (devidamente aceso). E, de tempos em tempos, eu checava se estava tudo bem, se ele estava se queimando (!!!) ou não. E a mãe dele, minha amiga, permanecia tranqüila em outro cômodo do local onde estávamos.
Mas aí rolou um esquecimento, uma falta de atenção.
E quando eu volto para olhar o forno, desesperado, a cabeça lá dentro (sobre a grade) já não se mexia mais. Os cabelinhos meio queimados. E, o mais angustiante: os olhos queimados também, como casquinhas pretas, torrados.
Desespero.
E agora, como contar à mãe dele?
Mas aí eu pensava, também: ué, não foi ela quem colocou a cabeça do próprio filho lá dentro? Ela não sabia dos riscos?
Acordo. A mancha de saliva no lençol. E aquele sentimento de desconforto e alívio: foi só um sonho. Pior: um pesadelo. What a fockin' nightmare! Já era de dia.
Mente fértil e macabra a nossa.

comentário adicionado tardiamente: vamos interpretar tipo psicanalista de botequim. a minha amiga _não a vejo há algum tempo, e me sinto em falta_ colocou no forno, junto comigo, algo que era muito importante para ela. quem bota algo dentro do forno certamente tem expectativas, certo? que o negócio asse direito, fique bom, dê certo etc. enfim. e eu, no sonho, não dava conta do recado. me deixava distrair e esquecia o 'bagulho' dentro do forno. pena que era o filho dela, hahahaha. então o negócio foi/é sério. ou ao menos pro meu subconsciente.

25 de abr. de 2008

o lance é o seguinte: acho xic!
auto-referente:
um blog assim meio gayzinho...
tinha que ter peppino no nome! (o di caprio tb é mei gay)
falam por aí que quando uma borboleta cruza teu caminho é sinal de sorte (pra você, não pra ela).
agora, quem foi que disse que não foi VOCÊ que cruzou o caminho da borboleta??? nem por isso ela vai achar que é um sinal de sorte (para ela). pelo contrário, até (lembra daquele povo estranho que caçava borboletas e depois espetava todas num quadro de cortiça, pendurando-o na sala???).

anyway. lê o poema/música abaixo, muito bem cantado pela partimpim.
no lago zulu
o casulo de sela
da larga lagarta
do corpo de estrela

virada no vento
não vai mais rasteira
terá vida nova
farfalla ligeira

farfalla ligeira

levada na cor
recorta do ar
o cheiro da flor
ruído do mar

mas foge de mim
na borda da mesa
ou pousa no prato
de louça chinesa

farfalla ligeira

borboleta
falta em são paulo (ou: falta eu descobrir) lugares bom boa música pra "dançar bobinho". sabe? cool, fresh, animated, descontraído, alegre, cheer up, descolado, pra cima, desencanado, simpático. tudo isso pode tanto descrever esse lugar utópico quanto a música que toca lá.

o botão 'play' tá como se quebrado: ou toca calcanhotto, ou toca erykah badu. repetitivamentemente. isso nos últimos dias...
é assim, até enjoar.

tipo, eu ouvi tanto tanto amy winehouse que agora preciso dar um tempo.
mas eu sou mesmo to tipo pessoa obsessiva. do tipo que pode comer o bombocado de assadeira da minha mãe todos os dias, durante uma semana. e aí ficar alguns meses sem.

ou então: uma vez eu resolvi fazer ovos mexidos (olha o trocadalho!). fiz vários ao mesmo tempo, várias pessoas comeram, mas eu comi mais que todos.
no dia seguinte, vomitei as tripas, o coração, o fígado e o baço. fiquei mais de um ano sem poder pensar em comer tal prato novamente.

aí passou.

24 de abr. de 2008

é meio estranho ver a madonna pagando de mocinha da eletrônica até hoje.
por mais gata que ela esteja, malhada, musculosa, yogi, cabalística, bilhardária, ela devia deixar a house grudenta pralá.
e esse novo disco, 'hard candy' (ou, segundo o zé simão: rapadura! hahahahaha), deixa isso bem claro: tia madge, tá na hora de partir pro folk, pro jazz, pra uma orquestra tipo judy garland, pra bossa nova, anything. a idade pede.
porque nem o eletrônico tchutchuca nem o jazz vão ficar maravilhosos, a gente sabe. mas um fica menos redícolo que o outro. saca?

17 de abr. de 2008

um blog surrealista e que não acrescenta em nada à vida de quem se dá ao trabalho de visita-lo.
assim que é bom.
até porque eu sou carismático online...

13 de abr. de 2008

moço, vou ficar naquela rua ali, na pedro táxi
domingueira 15h50

Ao colocar as roupas na máquina, assim meio ingenuamente, misturou uma calça vermelha nunca dantes lavada junto com todas as outras roupas.
Ao término da lavagem, notou (e não sem um certo sorriso de canto-de-boca): tudo o que era branco ficara cor-de-rosa. Quase um rosa-bebê.
A Hering branca até que ficou legal. As cuecas e meias, não. Essas não.

no momento: "abaixando" e passando pra cd vários caetanos, gils e gals. novos baianos, vinicius, neys, paulinhos, claras nunes e elis.

sonha em um dia (e será logo) ter a década de 1970 completa, no que se refere a música brasileira. é sério. tudo era legal.
ouvir a sharon jones cantando é meio como um 'voltar' multisetorizado: àquele filme americano que passava na sessão da tarde; àquela cantora meio doida de um pub em nova york; àquela tia com um vozeirão; lembra a amy winehouse, também (ou melhor: esta lembra aquela).
é bem bom.

(ao som de 'nobody's baby', a segunda do disco 100 days, 100 nights - sharon jones & the dap-kings, de 2007)

12 de abr. de 2008

olha bem na minha cara
e confessa que gostou
do meu papo bom
do meu jeito são
do meu sarro
do meu som
dos meus toques pra você mudar

11 de abr. de 2008

_canção contente. pra quem tá contente. ou pra quem é contente. música de momento. versos de momento? versos pra vie.


Quando a gente tá contente
Tanto faz o quente
Tanto faz o frio
Tanto faz
Que eu me esqueça do meu compromisso
Com isso e aquilo
Que aconteceu dez minutos atrás
Dez minutos atrás de uma idiéa
Já dão pra uma teia de aranha
Crescer e prender
Sua vida na cadeia do pensamento
Que de um momento pro outro
Começa a doer
Quando a gente tá contente
Gente é gente
(Gato é gato)
Barata pode ser um barato total
Tudo que você disser
Deve fazer bem
Nada que você comer
Deve fazer mal
Quando a gente tá contente
Nem pensar que está contente
Nem pensar que está contente
A gente quer
Nem pensar a gente quer
A gente quer, a gente quer
A gente quer é viver

barato total (gilberto g.)
ser feliz é questão de talento?

6 de abr. de 2008

hábito comum: quando não tenho nada de útil para escrever, tomo posse do ato de 'reproduzir'. porque, aquela coisa: rola identificação, portanto também fala por mim.
eis uma


uma parte de mim
é todo mundo
outra parte é ninguém
fundo sem fundo

uma parte de mim
é multidão
outra parte estranheza
e solidão

uma parte de mim
pesa, pondera
outra parte
delira

uma parte de mim
almoça e janta
outra parte
se espanta

uma parte de mim
é permanente
outra parte
se sabe de repente

uma parte de mim
é só vertigem
outra parte
linguagem

traduzir uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -

será arte?

('traduzir-se', ferreira gullar)

3 de abr. de 2008

outrora túmulo do samba (mas hoje esse povo insiste em 'retomar' o samba _algum dia ele foi deixado de lado??? isso por acaso é possível no brasil-sil??_), sampa é, na verdade faz um tempo já, o verdadeiro túmulo do ROCK. num espaço de 6 dias vão passar por aqui rod stewart, ozzy, skatalites (hen?), bad brains (whothefuck?) e new york dolls (afff). neste ano já teve iron maiden (pela 369ª vez) e bob dylan (este presta, mas tava superfaturado). e todas aquelas bandas de rock pesadíssimo e insuportável da alemanha e escandinávia também passam por aqui, todo ano. quase nada salva, mas todas entram nas estatísticas da cabeça de quem pensa que quantidade é qualidade... ai ai.
e haja samba meia-boca, pra quem quer outra opção.
assistir tv aberta (e grande parte do lixo que passa na 'fechada') é um caminho para o buraco negro da depressão.

assistir telejornais é escolher sobrevoar a carniça humana e tornar-se um urubu durante... o quê? 20 minutos, meia hora?

a diferença é que os urubus de verdade têm um 'papel' na natureza, eles fazem aquela limpezinha básica. enquanto que você, que fica com tua pança em frente ao william bonner, só aumenta o acúmulo de lixo dentro da tua cabeça.

e, pensa que são tipo 40 pontos de ibope só pro JN, toda noite. whatafuck

30 de mar. de 2008

arctic monkeys eu fui gostar mais depois de ouvir a cover que a kate nash fez deles (she's cute, mas é tipo pra ouvir 1 vez por mês)
eu sou meio tosco nesse sentido... eles são uma ótima banda!

é tipo aquele filme que vc sai do cinema sem ter gostado muito... aí no dia seguinte (ou no outro) você se pega pensando nele, tendo umas sacadas... e acaba gostando mais, e com esse efeito retardado.

music non stop chez moi. una locura. download descontrollllll
fui
o-dei-o esperar pelos outros
acho um saco gente que demora, atrasa
eu nesse quesito sou tipo brit: pontual
saco.

29 de mar. de 2008

da pseudo-série 'melhores pogramas do mundo': dançar boa música eletrônica numa pista está entre eles, forrrte.
quando eu tiver 63 anos (como ele tem) eu quero estar como o ney matogrosso.
sem os paetês.

27 de mar. de 2008

aí, ouvindo o disco da omara + bethânia, eu comecei a perceber que ele é todo em 'tons menores', se a gente pensar na 'quentura' clichê que caracteriza as músicas brasileira e cubana...
não é pra dançar (salsas? sambão? tsc tsc), mas também não é cheio daqueles boleros ou sambas-canção melosos e dramáticos.
o disco tem um lado 'roça' forte, bem a cara da bethânia nos dias de hoje. violas... canções-poemas, lentas e um tanto tristes, nostálgicas...
e parece também que a omara é privilegiada na parceria, talvez de propósito: a voz dela é belíssima, e as canções que canta são as mais marcantes. diva-mor que é, bethânia deve ter querido dar maior destaque à cubana (a própria capa já antecipa: enquanto bethânia está desfocada _ainda que mais próxima da lente_, omara está ali atrás, totalmente nítida).
é um álbum pelo qual não se apaixona de primeira. eu to gostando aos poucos. não é exatamente um disco da bethânia (ela meio que 'some' ali): tá mais pra uma reverência a cuba. e à sra. portuondo, fodida.
dá licença que vou ali ver o show delas.
às vezes eu passo lápis no olho
...
marrom...
e só na parte de baixo...
...
não que eu seja emo.
mas... é... tipo assim... uma homenagem ao johnny depp. e ao keith richards.
...
o bom é que você não sabe quem eu sou.

21 de mar. de 2008

na terra do nunca, sabe-se, as crianças não crescem. nunca.
demorei um pouco pra entender por que, toda vez que eu vinha pra casa da minha mãe _fora de sp_, as pessoas chamavam a cidade onde nasci de 'neverland'.
eu achava babaca.
hoje, eu entendo.
são paulo é, de certa forma, uma cidade de quem vem. eu fui (vim).
sampa é cheia desse povo do interir do Estado, em especial.
o mesmo povo que, nos feriados _como esta Páscoa_, volta pra casa da mãe, dar uma aliviada.
volta a ser criança, por uns dias.
i'm in neverland, now. mas pra mim voltar a ser um pimpolho não é lá o paraíso.
eu sempre quis crescer.
ainda quero.

20 de mar. de 2008

o que sempre me atraiu no som da dupla the kills foi exatamente o fato d'eles serem, de certa forma, tão econômicos. com um bom guitarrista/baixista, as baterias eletrônicas toscas e o vocal de vv (e do próprio hotel), as músicas me pareciam sempre redondas, enxutas, sem firulas, solos de guitarra, chatices orquestrais (uurgh) etc etc.
neste novo disco, 'midnight boom', eles parecem mais dançantes. mais party people. e encravam algumas 'perlas' pelo repertório, como 'cheap and cheerful', 'last day of magic' e 'M.E.X.I.C.O.C.U.'. mas a disposição pra jogar babados e adornos fora continua. hotel é um puta músico, e não precisa de mais que uma maquininha de fazer beats e uma mulher-gata cantando ao lado dele.
pra quem não sabe, atualmente ele ta pegando a kate moss.
às vezes eu não admito...
mas eu gosto de cansei de ser sexy.

um dia alguém me falou assim: ah, css é aquela coisa... na primeira vc não acha nada, na segunda vc gosta e na terceira vez vc enjoa. hahahaha

não enjoei. ainda.
disco novo em maio.

a versão deles para 'knife', do grizzly bear, e o remix de 'wow', da kylie minogue, são melhores q os originais.
you're wondering now
what to do
now you know
you misbehaved

you're wondering how
you will pay
for the day
you misbehaved
ir ao cinema é um dos melhores pogramas do mundo

19 de mar. de 2008

o empresário dela, acabo de ler por aí, "manejava" a carreira de ninguém menos que a dupra zezé & luciano.
na turnê atual, a 'filha da mulher' samba, mexes os braços compulsivamente (quase como uma 'hélice' regina incorporada) e anda pra lá e pra cá, às vezes desajeitada, sempre sobre aquele salto de sandália de perua.
o figurino, por sinal, é algo a lamentar: (não sei bem como era antes, mas) maria rita nunca foi tão cafona. tipo misturar paetês rosa com saia roxa e amarela, à la carmen miranda. e a segunda roupa (elas SEMPRE têm que trocar de roupa nos shows?)? eu já havia dito _escrivinhado_ e repito: 'a opção pelo vestido curto de lantejoulas com o qual tem se apresentado' é bastante duvidosa. e dá-lhe sandália de salto.
mas não fico falando de qualquer um de graça: fui ao show porque, afinal, da voz e da música eu gosto. apesar de todo o aparato-enfeite desnecessário. mas uma hora ela aprende, e volta "minimalista", lembrando que, no fundo, ela quer é ser chic.
http://www.myspace.com/luverve

(o meu primo)
And so a secret kiss
Brings madness with the bliss
And I will think of this
When I'm dead in my grave
Set me adrift and I'm lost over there
And I must be insane
To go skating on your name
And by tracing it twice
I fell through the ice
Of Alice
There's only Alice

(ALICE - tom waits/kathleen brennan)

18 de mar. de 2008

por que será que será...

que quase toda cantora brasileira é sapatón?
eu já li isso por aí, e é verdade: às vezes baixa um 'mano' arretado na amy winehouse. fora que a magrela é a maior boca suja.
na hora de dançar ela também não sabe fazer a mulherzinha: não rebola, não requebra e dança como um rapper.
ainda assim eu gosto dela.

esse ano tem disco novo, caso ela chegue lá.

*****

vai ter CSS novo também, em maio (dizem). eu ouvi umas novas no show deles e gostei.
e de repente, ali na mesa desocupada onde ficam as comidas e brindes e jabás que chegam por aqui, encontrei o tal 'melhor bolo de chocolate do mundo' (ele se auto-define assim, believe): the best my ass!
pretensão pouca é bobagem, o bolo não tem nada demais (tem até de menos).

*****

pra marcar na agenda mental:
amanhã tem alzira e (com as letras em parceria com o arrudA) no sesc santana;
quinta tem trash pour 4 + dan nakagawa no studio sp;
sexta-feira santa tem mark farina na clash;
domingo tem páscoa. nhé
saindo do banho, enquanto fazia aquele ritual axilas-dentes-cabelo, percebeu que se movimentava como um pretenso bailarino. ballet moderno. olhava-se no espelho. o banheiro vazio. a janela fechada. madrugada.
na sala, tocava satie.

é meio como ao sair de uma sessão de cinema: a cada vez, um gênero incorporado.
ninja. dançarino. mauzão. super-herói. doidão. rock star. detetive. junkie. arrasado.
por que continuam procurando a madeleine?
já já ela aparece
jane birkin cantando tom waits (et gainsbourg, craro) com um trio de jazz francês et fantastique no sesc pinheiros por 20 real.
talvez porque o ingresso foi baratim assim, ela nem trocou de roupa:
subiu ao palco com a mesma vestimenta de 3 dias antes, tipo mana. calça cargo com umas fivelas penduradas (vai ver descoscosturaram, tão velhinhas...).
no final ainda voltou pra dar autógrafos e posar pras fotos.
"ela é sempre assim sorridente", resume meu amigo, um tanto mais velho que eu.

jane birkin é o cara.

17 de mar. de 2008

vamos passear no astral
me preocupam as bolsas nos olhos
pode ver:
a tendência é só aumentarem, até virarem saquinhos de pele pendurados, como numas araras velhas
como num josé serra (isso me lembrou a inadmissível boca-de-sovaco do fhc)
eu tava vendo 'jules e jim' esses dias
e, ao invés de tecer comentários culturetes sobre a 'obra-prima' de truffaut
eu só digo:
a jeanne moreau era linda.
e uma puta atriz.
porém, pairando acima disso tudo, na minha cabeça superficial (ou, vamos viajar: sou extremamente sensível às imagens, às feições, ao visual. hah): ela já tinha, sob aqueles olhos expressivos, as bolsinhas que hoje viraram

bolsões.
voltando pra casa, na av. roberto marinho, um carro parado na pista da esquerda
pessoas de pé
polícia
ao ultrapassar, consegui ver: um corpo estendido no asfalto
uma perna esticada, a outra dobrada, apontando para dentro. os braços, descontraidamente contraídos. a mão direita, acho que vi, graciosa, até
deu pra perceber, de relance, a expressão no rosto daquele homem estirado:
parecia feliz

parecia ser um mendigo, também. mas aí não dá pra saber
hoje estou me sentindo estranho
tipo um estado indesejado de torpor desde a hora em que acordei
tipo uma ressaca sem ter bebido.
mas eu sei bem o que foi.
é a ressaca do fim-de-semana com um plantão de brinde, das águas de março fechando o verão ininterruptamente há uns bons dias, da falta de frutas e outros alimentos coloridos não-artificialmente na dieta, do uso indiscriminado de entorpecentes café-com-leite, da visita que estava em casa, dos amigos que foram em casa, da ansiedade, do uso da mesa sem pernas onde está o computador... enfim. é a ressaca do ano que começou correndo.
no mais tá tudo bem

16 de mar. de 2008

essas roupas
que faço
tecido escasso
corte sem
costura
espaço
tez a
tua
textura
traço
nessas roupas
que faço
dor démodé
prêt-a-porté
só pra
você
pedaço
linha do tempo nó
e laço
estampa flor
de lácio
essas roupas
que faço
rasgam fácil
fácil
nessas roupas
que faço
rasgo

fácil

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