30 de mar. de 2008

arctic monkeys eu fui gostar mais depois de ouvir a cover que a kate nash fez deles (she's cute, mas é tipo pra ouvir 1 vez por mês)
eu sou meio tosco nesse sentido... eles são uma ótima banda!

é tipo aquele filme que vc sai do cinema sem ter gostado muito... aí no dia seguinte (ou no outro) você se pega pensando nele, tendo umas sacadas... e acaba gostando mais, e com esse efeito retardado.

music non stop chez moi. una locura. download descontrollllll
fui
o-dei-o esperar pelos outros
acho um saco gente que demora, atrasa
eu nesse quesito sou tipo brit: pontual
saco.

29 de mar. de 2008

da pseudo-série 'melhores pogramas do mundo': dançar boa música eletrônica numa pista está entre eles, forrrte.
quando eu tiver 63 anos (como ele tem) eu quero estar como o ney matogrosso.
sem os paetês.

27 de mar. de 2008

aí, ouvindo o disco da omara + bethânia, eu comecei a perceber que ele é todo em 'tons menores', se a gente pensar na 'quentura' clichê que caracteriza as músicas brasileira e cubana...
não é pra dançar (salsas? sambão? tsc tsc), mas também não é cheio daqueles boleros ou sambas-canção melosos e dramáticos.
o disco tem um lado 'roça' forte, bem a cara da bethânia nos dias de hoje. violas... canções-poemas, lentas e um tanto tristes, nostálgicas...
e parece também que a omara é privilegiada na parceria, talvez de propósito: a voz dela é belíssima, e as canções que canta são as mais marcantes. diva-mor que é, bethânia deve ter querido dar maior destaque à cubana (a própria capa já antecipa: enquanto bethânia está desfocada _ainda que mais próxima da lente_, omara está ali atrás, totalmente nítida).
é um álbum pelo qual não se apaixona de primeira. eu to gostando aos poucos. não é exatamente um disco da bethânia (ela meio que 'some' ali): tá mais pra uma reverência a cuba. e à sra. portuondo, fodida.
dá licença que vou ali ver o show delas.
às vezes eu passo lápis no olho
...
marrom...
e só na parte de baixo...
...
não que eu seja emo.
mas... é... tipo assim... uma homenagem ao johnny depp. e ao keith richards.
...
o bom é que você não sabe quem eu sou.

21 de mar. de 2008

na terra do nunca, sabe-se, as crianças não crescem. nunca.
demorei um pouco pra entender por que, toda vez que eu vinha pra casa da minha mãe _fora de sp_, as pessoas chamavam a cidade onde nasci de 'neverland'.
eu achava babaca.
hoje, eu entendo.
são paulo é, de certa forma, uma cidade de quem vem. eu fui (vim).
sampa é cheia desse povo do interir do Estado, em especial.
o mesmo povo que, nos feriados _como esta Páscoa_, volta pra casa da mãe, dar uma aliviada.
volta a ser criança, por uns dias.
i'm in neverland, now. mas pra mim voltar a ser um pimpolho não é lá o paraíso.
eu sempre quis crescer.
ainda quero.

20 de mar. de 2008

o que sempre me atraiu no som da dupla the kills foi exatamente o fato d'eles serem, de certa forma, tão econômicos. com um bom guitarrista/baixista, as baterias eletrônicas toscas e o vocal de vv (e do próprio hotel), as músicas me pareciam sempre redondas, enxutas, sem firulas, solos de guitarra, chatices orquestrais (uurgh) etc etc.
neste novo disco, 'midnight boom', eles parecem mais dançantes. mais party people. e encravam algumas 'perlas' pelo repertório, como 'cheap and cheerful', 'last day of magic' e 'M.E.X.I.C.O.C.U.'. mas a disposição pra jogar babados e adornos fora continua. hotel é um puta músico, e não precisa de mais que uma maquininha de fazer beats e uma mulher-gata cantando ao lado dele.
pra quem não sabe, atualmente ele ta pegando a kate moss.
às vezes eu não admito...
mas eu gosto de cansei de ser sexy.

um dia alguém me falou assim: ah, css é aquela coisa... na primeira vc não acha nada, na segunda vc gosta e na terceira vez vc enjoa. hahahaha

não enjoei. ainda.
disco novo em maio.

a versão deles para 'knife', do grizzly bear, e o remix de 'wow', da kylie minogue, são melhores q os originais.
you're wondering now
what to do
now you know
you misbehaved

you're wondering how
you will pay
for the day
you misbehaved
ir ao cinema é um dos melhores pogramas do mundo

19 de mar. de 2008

o empresário dela, acabo de ler por aí, "manejava" a carreira de ninguém menos que a dupra zezé & luciano.
na turnê atual, a 'filha da mulher' samba, mexes os braços compulsivamente (quase como uma 'hélice' regina incorporada) e anda pra lá e pra cá, às vezes desajeitada, sempre sobre aquele salto de sandália de perua.
o figurino, por sinal, é algo a lamentar: (não sei bem como era antes, mas) maria rita nunca foi tão cafona. tipo misturar paetês rosa com saia roxa e amarela, à la carmen miranda. e a segunda roupa (elas SEMPRE têm que trocar de roupa nos shows?)? eu já havia dito _escrivinhado_ e repito: 'a opção pelo vestido curto de lantejoulas com o qual tem se apresentado' é bastante duvidosa. e dá-lhe sandália de salto.
mas não fico falando de qualquer um de graça: fui ao show porque, afinal, da voz e da música eu gosto. apesar de todo o aparato-enfeite desnecessário. mas uma hora ela aprende, e volta "minimalista", lembrando que, no fundo, ela quer é ser chic.
http://www.myspace.com/luverve

(o meu primo)
And so a secret kiss
Brings madness with the bliss
And I will think of this
When I'm dead in my grave
Set me adrift and I'm lost over there
And I must be insane
To go skating on your name
And by tracing it twice
I fell through the ice
Of Alice
There's only Alice

(ALICE - tom waits/kathleen brennan)

18 de mar. de 2008

por que será que será...

que quase toda cantora brasileira é sapatón?
eu já li isso por aí, e é verdade: às vezes baixa um 'mano' arretado na amy winehouse. fora que a magrela é a maior boca suja.
na hora de dançar ela também não sabe fazer a mulherzinha: não rebola, não requebra e dança como um rapper.
ainda assim eu gosto dela.

esse ano tem disco novo, caso ela chegue lá.

*****

vai ter CSS novo também, em maio (dizem). eu ouvi umas novas no show deles e gostei.
e de repente, ali na mesa desocupada onde ficam as comidas e brindes e jabás que chegam por aqui, encontrei o tal 'melhor bolo de chocolate do mundo' (ele se auto-define assim, believe): the best my ass!
pretensão pouca é bobagem, o bolo não tem nada demais (tem até de menos).

*****

pra marcar na agenda mental:
amanhã tem alzira e (com as letras em parceria com o arrudA) no sesc santana;
quinta tem trash pour 4 + dan nakagawa no studio sp;
sexta-feira santa tem mark farina na clash;
domingo tem páscoa. nhé
saindo do banho, enquanto fazia aquele ritual axilas-dentes-cabelo, percebeu que se movimentava como um pretenso bailarino. ballet moderno. olhava-se no espelho. o banheiro vazio. a janela fechada. madrugada.
na sala, tocava satie.

é meio como ao sair de uma sessão de cinema: a cada vez, um gênero incorporado.
ninja. dançarino. mauzão. super-herói. doidão. rock star. detetive. junkie. arrasado.
por que continuam procurando a madeleine?
já já ela aparece
jane birkin cantando tom waits (et gainsbourg, craro) com um trio de jazz francês et fantastique no sesc pinheiros por 20 real.
talvez porque o ingresso foi baratim assim, ela nem trocou de roupa:
subiu ao palco com a mesma vestimenta de 3 dias antes, tipo mana. calça cargo com umas fivelas penduradas (vai ver descoscosturaram, tão velhinhas...).
no final ainda voltou pra dar autógrafos e posar pras fotos.
"ela é sempre assim sorridente", resume meu amigo, um tanto mais velho que eu.

jane birkin é o cara.

17 de mar. de 2008

vamos passear no astral
me preocupam as bolsas nos olhos
pode ver:
a tendência é só aumentarem, até virarem saquinhos de pele pendurados, como numas araras velhas
como num josé serra (isso me lembrou a inadmissível boca-de-sovaco do fhc)
eu tava vendo 'jules e jim' esses dias
e, ao invés de tecer comentários culturetes sobre a 'obra-prima' de truffaut
eu só digo:
a jeanne moreau era linda.
e uma puta atriz.
porém, pairando acima disso tudo, na minha cabeça superficial (ou, vamos viajar: sou extremamente sensível às imagens, às feições, ao visual. hah): ela já tinha, sob aqueles olhos expressivos, as bolsinhas que hoje viraram

bolsões.
voltando pra casa, na av. roberto marinho, um carro parado na pista da esquerda
pessoas de pé
polícia
ao ultrapassar, consegui ver: um corpo estendido no asfalto
uma perna esticada, a outra dobrada, apontando para dentro. os braços, descontraidamente contraídos. a mão direita, acho que vi, graciosa, até
deu pra perceber, de relance, a expressão no rosto daquele homem estirado:
parecia feliz

parecia ser um mendigo, também. mas aí não dá pra saber
hoje estou me sentindo estranho
tipo um estado indesejado de torpor desde a hora em que acordei
tipo uma ressaca sem ter bebido.
mas eu sei bem o que foi.
é a ressaca do fim-de-semana com um plantão de brinde, das águas de março fechando o verão ininterruptamente há uns bons dias, da falta de frutas e outros alimentos coloridos não-artificialmente na dieta, do uso indiscriminado de entorpecentes café-com-leite, da visita que estava em casa, dos amigos que foram em casa, da ansiedade, do uso da mesa sem pernas onde está o computador... enfim. é a ressaca do ano que começou correndo.
no mais tá tudo bem

16 de mar. de 2008

essas roupas
que faço
tecido escasso
corte sem
costura
espaço
tez a
tua
textura
traço
nessas roupas
que faço
dor démodé
prêt-a-porté
só pra
você
pedaço
linha do tempo nó
e laço
estampa flor
de lácio
essas roupas
que faço
rasgam fácil
fácil
nessas roupas
que faço
rasgo

fácil

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