aí, ouvindo o disco da omara + bethânia, eu comecei a perceber que ele é todo em 'tons menores', se a gente pensar na 'quentura' clichê que caracteriza as músicas brasileira e cubana...
não é pra dançar (salsas? sambão? tsc tsc), mas também não é cheio daqueles boleros ou sambas-canção melosos e dramáticos.
o disco tem um lado 'roça' forte, bem a cara da bethânia nos dias de hoje. violas... canções-poemas, lentas e um tanto tristes, nostálgicas...
e parece também que a omara é privilegiada na parceria, talvez de propósito: a voz dela é belíssima, e as canções que canta são as mais marcantes. diva-mor que é, bethânia deve ter querido dar maior destaque à cubana (a própria capa já antecipa: enquanto bethânia está desfocada _ainda que mais próxima da lente_, omara está ali atrás, totalmente nítida).
é um álbum pelo qual não se apaixona de primeira. eu to gostando aos poucos. não é exatamente um disco da bethânia (ela meio que 'some' ali): tá mais pra uma reverência a cuba. e à sra. portuondo, fodida.
dá licença que vou ali ver o show delas.
27 de mar. de 2008
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