4 de set. de 2008

há uns dois anos e pouco eu morava na brigadeiro luis antonio e tinha um computador de casco verde, meio transparente, como que uma imitação de um imac, da apple.
e foi uma época _o ano de 2006_ em que eu baixei muitas músicas, e alguns discos viraram os preferidos, os mais tocados, durante várias semanas _meses?_ seguidas(os).
um deles foi o da chiara mastroianni com o então marido, benjamin biolay. esse fica pra mais tarde.
outro foi o 'cripple crow', do devendra bahrart.
foi qdo eu descobri esse hippie californiano venezuelano tatuado barbudo.
no começo a maneira _estranha_ d'ele cantar me lembrava um amigo, com quem eu cantava (e ele tocava) muito lá em avaré, nas férias daqueles primeiros descompromissados anos de faculdade.
'tosco' _na medida_, relaxado, divertido, estranho, bonito (muitas vezes bonito). aí eu comecei a gostar do devendra.
não consegui ve-lo no brasil, nunca vi um show do cara. depois ouvi tb o disco mais recente, mais rock, mais épico, às vezes. menos folk-hippie. gostei também (tem o amarante dos loshermanos em algumas faixas).
o devendra é bacana. é um artista tipicamente contemporaneo, se é q da pra dizer algo vago assim. faz música que ME agrada, e isso já não é o bastante?
'korean dogwood', 'when they come', 'now that I know' (a primeira)... são músicas ótimas, lindas! melodias incríveis, 'climas' idem. uau, quantas aspas.
mas devendra não é pras aspas, pras reverências. é pra ouvir relaxando, depois de um dia de certa tensão. como hoje, pra mim. dia de fechamento.
e, em 2008, morando em outro lugar, em outro apartamento, na barão de limeira, pis/pasep e tudo mais, eu volto a baixar o 'cripple crow' (o original ficou no outro computador, o verde, o antigo).
e me emociono.
aquela sensação de ouvir devendra relaxado, relaxando, se repete. um clima luau, violão, praia. calor. é reconfortante.
e música boa é assim.
ainda mais quando 'bate' (olha as aspas _simples_ de novo).

'cripple crow', devendra banhart (2005)

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