5 de jan. de 2009

sambárilóv

2009 chegou bem e calmo, sem arrebentações, suave e embalado por vários tipos de sapos coachando.
num morro verde em niterói, dentro e ao redor de uma casa construída sobre uma pedra, o dia primeiro de janeiro foi apreciado sob um sol ofuscante e uma piscina simpática, de água gingada e verdeazul. na companhia dos velhos amigos e dos novos amigos: chatô, o labrador; dircinha, a vira-lata; V., a maravilhosa dona da casa e Zé, seu marido, que de lá de baixo nos trazia uvas, cerejas e cervejas Heinecken (como Vera gosta) geladinhas.
o cardápio, segundo Vera, era 'uma comida malucona, com vários pratos e onde nada combina com nada': moqueca de siri, lentilhas (pra brindar o novo ano), arroz, salada, postas de pernil com molho de curry e damasco, farofa e coisas mais que não me lembro. tudo uma dilíça.
a praia de itacoatiara queimava como um maçarico. alguns dias antes, em ipanema, levei o maior número seguido de socas da minha vida. como um paspalho, mas feliz e nem aí. saindo do mar, com areia dentro da cueca e nos cabelos, D. define: como vc é soltinho! hah
na sexta-feira, o selvagem e brincalhão Chatô apareceu com um mini-coelho na boca. Até ontem, quando vim-me embora, Vera cuidava do coelhinho narizinho como uma mãe, tentando faze-lo comer desde ração e rúcula colhida na horta até leitinho no conta-gotas. Acho que o pequeno sobreviverá.
Enfim.
2009 me viu voltar à selva de pedra mais leve e, o mais interessante, sem saber bem por quê. Mais silencioso, calmo, flutuante. Mais nem aí. Mais naquele clima, de tudo o que descrevi ali em cima.
Parece que o ano nem passou, na verdade. Parece que continuamos ali, iguais mas diferentes. 2009 vai ser bom, creio eu. Reflexo e consequência dessas 'entradas' tão tranquilas, sem turbulência, quando até meu vôo surpreendeu com calmaria e chegou ao RJ 10 minutos antes. Pode? Pódi.
2009 me vê _o vejo_ entrando neste blog depois de semanas e semanas de não-vontade. Mas eu precisava compartilhar: as boas experiências são sempre transbordantes, têm de ser repartidas, mostradas. I love Rio.

E a vista que se tem de dentro do MAC de Niterói é das mais apalancantes do Brasa. Vai lá, um museu onde o que menos importa são as (fracas) exposições: os 360º de vista deslumbrante são tudo o que ele precisa e precisará ter para atrair visitantes.

Um ótimo ano a todos. Ixcrusivis eu, é claro.
volto djá...

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