8 de out. de 2008

(logo acima, Julie Andrews como Victor, em "Victor ou Victoria", de Blake Edwards) Assisti a esse filme anteontem, e foi, digamos assim afrancesadamente, formidable. Cheio de piadas e referências gays (e cheio de travestis, algo difícil em filmes hollywoodyanos), sem nunca cair na tentação fácil da escrotice. Ou do preconceito. Julie Andrews é fantástica, mas, lembrando bem, a mulher já tinha sido a Mary Poppins e a Noviça Rebelde. Tipo, já era lenda viva. O diretor é o mesmo da série de filmes 'A Pantera Cor de Rosa', e o humor nonsense daqueles longas _e, é claro, típico do Jerry Lewis_ aparece aqui. A música, incrível, é de Henry Mancini, e Julie Andrews canta muito, muito bem. E dança. E o Robert Preston, que faz o personagem Toddy ("não existe nada mais inconveniente do que uma bicha velha com gripe!" hahahaha), é fabuloso. Assim como a irritante pin up Norma, incorporada por uma Lesley Ann Warren oxigenada.
Mas em nenhum momento eu consegui achar que Julie/Victoria fosse _ou parecesse_ um homem. Sorry. Pra mim foi sempre Victoria.

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